No contexto da Semana das Missões, partilhamos uma breve entrevista com os Padres Joseleitos de Cristo, comunidade missionária que chegou recentemente à Diocese de Beja. Nesta conversa, o Irmão Maciel fala-nos sobre o carisma da congregação, os desafios da missão em terras alentejanas e a alegria de servir o povo de Deus, dando testemunho do Evangelho com simplicidade e esperança.
1.Chegaram recentemente à Diocese de Beja, Como têm vivido estes primeiros tempos e que impressões levam das comunidades que já conheceram?
Durante esse período em que estamos no território diocesano da Diocese de Beja, é notório que a acolhida amiga e fraterna por parte do nosso Pastor Diocesano, Dom Fernando, juntamente com seu clero e todo o povo de Deus, tem sido incomparável. Essa acolhida nos possibilita viver bem o nosso chamado missionário nesta Diocese particular de Beja. Portanto, diante do que já vimos nesta diocese, a acolhida singular de cada comunidade é o que nos dá vigor para realizarmos com mestria a nossa missão.
2.Para quem ainda não os conhece, quem são os Joséleitos de Cristo e qual é o carisma que orienta a vossa missão?
A Sociedade Joseleitos de Cristo teve sua fundação em 1950, pelo Servo de Deus Padre José Gumercindo Santos, no sertão do Nordeste brasileiro. Tem como carisma primordial o amor pelas vocações e o cuidado com os pobres, órfãos, jovens e vocacionados. Temos como patrono da Congregação o glorioso São José, esposo da Virgem Maria. O nosso Instituto é de direito diocesano, e a nossa Sede Geral está localizada em Salvador, Bahia – Brasil.
3.O que vos trouxe até à Diocese de Beja e qual será a vossa principal missão pastoral nos próximos tempos?
O que motivou a nossa vinda a estas terras além-mar é a missionariedade que carregamos no peito, o desejo de levar Cristo àqueles que mais necessitam d’Ele, aos seus prediletos: os pobres, órfãos, jovens e vocacionados, que são as pupilas dos olhos de Deus.
4.Quais são os maiores desafios e esperanças neste início de caminhada missionária entre nós?
Os desafios que enfrentamos nestas terras portuguesas estão ligados à cultura local, bem como ao dialeto linguístico e à religiosidade particular desta região do Alentejo. Mas o que nos enche de esperança é saber que aqui existem pessoas que, mesmo diante das dificuldades diárias, não se deixam vencer pelo paganismo da era pós-moderna. Pessoas que constantemente dizem “sim” ao projeto salvífico da missão que Cristo confiou à sua amada Igreja.
5.De que forma as comunidades locais podem acolher e colaborar convosco neste tempo de missão?
A colaboração com a nossa missão deve ser de forma espontânea, pois é o Santo Espírito de Deus quem prepara os corações de todos os fiéis para servir. Portanto, uma das melhores formas de ajudar nesse itinerário missionário é manter o coração aberto aos apelos do Evangelho neste tempo atual.
6.Vivemos a Semana Missionária. O que significa, para vós, ser missionário hoje, numa realidade algumas vezes marcada pela indiferença, nomeadamente no contexto Europeu?
Ser missionário nos tempos atuais é ser exemplo de cristão autêntico em meio a uma sociedade que constantemente procura macular a Igreja Católica. Somos todos chamados à missão de anunciar a Boa-Nova de Nosso Senhor Jesus Cristo àqueles que ainda não o seguem, tendo como base o exemplo de vida dos santos que caminham e caminharam entre nós.
7.Que mensagem gostariam de deixar aos diocesanos de Beja neste início da vossa presença entre nós?
A missão é uma prova de amor que damos a Deus. Assim como a Santíssima Virgem, que foi a primeira missionária e seguiu o seu Amado Filho na trajetória de salvar as almas, que nós possamos ser exemplos vivos de verdadeiros missionários cristãos.
Ir. Maciel (Joséleitos)



