Que as dificuldades e resistências não nos impeçam de fazer caminho juntos.
O Jubileu das Equipas Sinodais, celebrado em Roma no último fim de semana, reuniu milhares de participantes de todo o mundo para refletir sobre os caminhos da Igreja em chave sinodal. No discurso central, o Papa Leão XIV sublinhou que “a resistência à sinodalidade vem do medo e do desconhecimento”, apelando à “abertura de coração” como condição essencial para um verdadeiro caminhar juntos.
O Santo Padre salientou que mais importante que os processos são as pessoas.
Escutar é essencial, e essa escuta deve ser feita olhando nos olhos, reconhecendo o valor do outro. Quando se fala em ir às periferias, é necessário “começar pelas periferias da própria Igreja, que também as tem e que precisam de ser realmente ouvidas e envolvidas”.
Dos vários momentos de partilha e formação, um dos workshops deixou no ar uma pergunta desafiadora: “Podemos avançar na sinodalidade sem reconciliação?” Concluiu-se que temos de reconhecer que não estamos em caminhos diferentes, que devemos reconciliar-nos em todas as dimensões e que é preciso sarar a comunhão.
Como sugestão de leitura para aprofundar este caminho, recomendo o livro Unidade na Diversidade, de Maria Luisa Berzosa, com prefácio do Papa Francisco, que aborda precisamente a riqueza da diferença na construção da comunhão.
Texto: Clara Palma (Coordenadora Equipa Sinodal Diocese de Beja)






